Argonauta argo

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Ilustração da fêmea do molusco A. argo com sua concha invólucro de ovos, e com seus dois tentáculos, modificados para a confecção de suas conchas,[1] acima dos demais. Também é possível ver o olho do animal através da translucidez de sua concha. Feita em 1879 e retirada da obra Ocean wonders: a companion for the seaside, por William Emerson Damon.
Ilustração da fêmea do molusco A. argo com sua concha invólucro de ovos, e com seus dois tentáculos, modificados para a confecção de suas conchas,[1] acima dos demais. Também é possível ver o olho do animal através da translucidez de sua concha. Feita em 1879 e retirada da obra Ocean wonders: a companion for the seaside, por William Emerson Damon.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Classe: Cephalopoda
Subclasse: Coleoidea
Ordem: Octopoda
Família: Argonautidae
Cantraine, 1841[2]
Género: Argonauta
Linnaeus, 1758
Espécie: A. argo
Nome binomial
Argonauta argo
Linnaeus, 1758[3]
Sinónimos
Argonauta corrugata Humphrey, 1797
Argonauta papyraceus Röding, 1798
Argonauta sulcatus Lamarck, 1801
Argonauta grandiformis Perry, 1811
Argonauta haustrum Dillwyn, 1817
Ocythoe antiquorum Leach, 1817
Argonauta haustrum W. Wood, 1818
Argonauta compressus Blainville, 1826
Ocythoe argonautae (Cuvier, 1829)
Argonauta dispar Conrad, 1854
Argonauta naviformis Conrad, 1854
Argonauta papyria Conrad, 1854
Argonauta papyrius Conrad, 1854
Argonauta minor Risso, 1854
Argonauta pacificus Dall, 1871
Argonauta bulleri T. W. Kirk, 1886
Argonauta cygnus Monterosato, 1889
Argonauta ferussaci Monterosato, 1914
Argonauta monterosatoi Monterosato, 1914
Argonauta sebae Monterosato, 1914
Argonauta monterosatoi Coen, 1914
(WoRMS)[3]

Argonauta argo (nomeada, em inglês, common paper nautilus,[4][5][6] paper nautilus ou greater argonaut;[4][7][8] em alemão, Papierboot ou Großes Papierboot; em neerlandês, papiernautilus; em grego moderno, Αργοναύτης; em russo, Аргонавт большой; em japonês, アオイガイ; em francês, argonaute voilier; em catalão e outras línguas românicas, incluindo o português, argonauta)[4][9] é uma espécie de molusco cefalópode marinho e pelágico pertencente à família Argonautidae da ordem Octopoda (que compreende os polvos),[3] classificada por Carolus Linnaeus, em 1758, na sua obra Systema Naturae, junto à sua determinação de gênero (Argonauta),[3] sendo a sua espécie-tipo[2] e a maior do seu gênero,[10] com o comprimento máximo de sua fina e frágil concha, quase totalmente branca e sendo lateralmente comprimida, atingindo os 30 cm; possuindo uma quilha plana com duas fileiras de muitos nódulos pontiagudos e cristas radiais onduladas, com as laterais possuindo projeções ou "orelhas"; usada pelas fêmeas para proteger os seus ovos e fabricada por dois de seus tentáculos, de amplas abas membranosas.[1][6][7] O macho de Argonauta argo não possui concha e,[5] enquanto o corpo das fêmeas pode crescer até 13 cm, eles atingem apenas cerca de 2 cm;[10] apresentando um tentáculo de maior comprimento que se destina à fecundação.[9]

Descoberta[editar | editar código-fonte]

Embora tenham sido bem documentados durante séculos, desde Aristóteles a sua verdadeira natureza estava envolta em mistérioː o filósofo grego acreditando que o seu primeiro par de braços dorsais, grandes e modificados nas fêmeas, à guisa de vela os levassem a navegar ao longo da superfície do oceano, com os outros braços usados como remos e assim recebendo dele a denominação argonauta, dada ao tripulante da lendária e mitológica nau Argo (denominação dada ao descritor específico de Argonauta argo). Apenas no século XIX uma mulher, costureira e bióloga autodidata cujo nome era Jeanne Villepreux-Power, se concentrou no estudo dos argonautas e descobriu a verdadeira função de sua concha e tentáculos modificados.[1][9][10]

Distribuição geográfica[editar | editar código-fonte]

Argonauta argo está distribuído cosmopolitamente em mares tropicais e quentes, podendo ocorrer no mar Mediterrâneo.[5][6][8][9][11]

Referências

  1. a b c RIOS, Eliézer (1994). Seashells of Brazil (em inglês) 2ª ed. Rio Grande, RS. Brazil: FURG. p. 319. 492 páginas. ISBN 85-85042-36-2 
  2. a b «Argonauta Linnaeus, 1758» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 16 de maio de 2024 
  3. a b c d «Argonauta argo Linnaeus, 1758» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 16 de maio de 2024 
  4. a b c «Argonauta argo Linnaeus, 1758 vernaculars» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 16 de maio de 2024 
  5. a b c d ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 376. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0 
  6. a b c WYE, Kenneth R. (1989). The Mitchell Beazley Pocket Guide to Shells of the World (em inglês). London: Mitchell Beazley Publishers. p. 178. 192 páginas. ISBN 0-85533-738-9 
  7. a b «Argonauta argo Linnaeus, 1758 / Greater argonaut» (em inglês). SeaLifeBase. 1 páginas. Consultado em 16 de maio de 2024 
  8. a b CAMPBELL, Andrew C.; NICHOLLS, James (1980). The Hamlyn Guide to the Seashore and Shallow Seas of Britain and Europe (em inglês). England: The Hamlyn Publishing Group. p. 192. 320 páginas. ISBN 0-600-34019-8 
  9. a b c d FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda (1986). Novo Dicionário da Língua Portuguesa 2ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. p. 162. 1838 páginas 
  10. a b c Endicott, Rachel. «The Argonauts» (em inglês). Project Manaia. 1 páginas. Consultado em 16 de maio de 2024 
  11. «Argonauta argo Linnaeus, 1758 distribution» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 16 de maio de 2024 
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